A primeira vez: A Barcelona indie de Flávia Durante [Entrevista]

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Nunca é tarde para viajar pela primeira vez pra fora do país. Certamente a jornalista e DJ Flávia Durante, 36, não pensou duas vezes em realizar o seu sonho de fazer o roteiro de estreia no exterior. No mês de junho, ela passou nove dias ensolarados vivendo intensamente o dia e a noite da agitada cidade de Barcelona. Ela começou o roteiro catalão fazendo o que mais gosta na vida: ouvir bandas novas e conhecer gente nova.

De férias da redação, onde é editora dos sites da Trip e Tpm, Flávia escolheu o festival Primavera Sound para carimbar o passaporte na Europa. A blogueira, que já trabalhou em gravadoras e com bandas famosas, descobriu a sua mais nova paixão. “Nós, latinos, somos muito apegados à família, casa, bens… Precisamos ser mais desprendidos e sair mais pelo mundo afora. Agora que peguei o gostinho por viajar pelo mundo ninguém me segura mais!”

Conversamos com Flávia Durante momentos após o desembarque no Brasil e pegamos dicas do roteiro indie/alternativo da capital dos catalães. Aumenta o som e boa leitura!

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CI – Como Barcelona te acolheu em sua primeira vez fora do país e sozinha?

Flávia Durante – Me acolheram muito bem! Não é um povo expansivo como o brasileiro, mas os catalães são muito gentis, politizados e têm muito orgulho da cultura e belezas de seu país, a Catalunha (sim, eles fazem questão de afirmar que não são espanhóis). Barcelona me lembrou muito minha terra natal, Santos, – pelo porto, praia, bikes, velhinhos e farmácias mil -, então me senti em casa rapidamente.  Fora que estava lá bem quando o Neymar assinou com o Barça, então só dava a cara dele nos jornais da região.

CI – Quais lugares você recomenda para um roteiro indie/alternativo em Barcelona?

F.D. – Não dá pra deixar de passar pela Carrer dels Tallers que é a “rua indie” de lá. Tem dezenas de lojinhas, brechós, cafés e muitas lojas de discos incríveis. Minhas favoritas foram a Revolver, a Discos Casteló e a Daily Records. A Catalunha também é uma das capitais do soul na Europa. Tem vários clubs, festas e bandas por lá. Infelizmente não consegui pegar nenhum no período em que estive lá, mas comprei vários discos de bandas locais. Destaque pros The Excitements (de Barcelona) e o The Pepper Pots (de Girona). Um guia muito legal pra esse estilo de música é o site Blackcelona Também conheci os trabalhos de Joana Serrat e Roger Usart, dois cantores indie folk.

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CI – Como foi conhecer gente de todo canto no Primavera Sound?

F.D. – Vi gente de tudo quanto é tipo e nacionalidade por lá, desde famílias com filhos, até hippies, indies velhos (como eu, cof, cof) e claro, muitos hipsters. Claro que tem muita gente posuda, gente que vai pelo evento e nem conhecia as bandas, assim como em todo festival, mas ninguém enchia o saco ou se estranhava, todos conviviam tranquilamente. Conversei com vários australianos, romenos, franceses, portugueses, ingleses e italianos. Nós, latinos, somos muito apegados à família, casa, bens… Precisamos aprender a ser mais desprendidos e sair mais pelo mundo afora.

CI – Porque o Primavera Sound é um bom destino?

F.D. – Pra quem nunca foi a um festival no exterior por medo de multidões, lama ou falta de grana, o Primavera Sound é uma porta de entrada perfeita pra isso. O line up é um dos mais caprichados, mesclando bem bandas mais mainstream com artistas que estão despontando. O preço do ingresso é bem justo (paguei 175 euros pelos três dias), o piso é todo de concreto, a estrutura é excelente e com acessibilidade total e uma praça de alimentação pra todos os gostos (vegetarianos não passam fome por lá). Sem falar no cenário, que é um escândalo de bonito! Ah, e o primeiro e último dias são gratuitos, todos podem entrar.

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CI –  Como foi visitar os pontos históricos como Diada de Castells?

F.D. – Eles são a metáfora viva do “a união faz a força”. Velhos, jovens, crianças, homens e mulheres, todos participam com igual importância. Em algumas apresentações até grupos de outras cidades (com cores diferentes) também ajudam a montar os castells, o que forma uma imagem muito bonita de confraternização e união. Pela sua importância e história, em 2010 os Castells foram declarados Património Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco.

Fui com eles de ônibus pra uma apresentação em uma cidade próxima, Berga, que parecia um cenário de filme antigo, bem pequena e muito charmosa. Também conheci a cidade de Figueres, onde fica o Teatro Museu Salvador Dali, que é belíssimo. Fica a uma hora de trem de Barcelona.

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Após realizar uma viagem tranquila, com muitas lembranças na cabeça e novas amizades pra vida, Flávia já está com a próxima viagem escalada.  Ela vai pra as cidades de Cartagena e Bogotá na Colômbia, no mês de agosto.

Ficou com vontade de conhecer os agitos de Barcelona? Aproveite e agilize seu roteiro pra mochilar e viajar de forma independente pela cidade.

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