A CI adora datas comemorativas, principalmente as culturais! Hoje é o Dia do Teatro, uma arte de origem nebulosa e muito antiga. Alguns estudiosos dizem que o teatro surgiu no Egito, há cerca de 2.500 anos A.C, com fins totalmente religiosos, como contar a história do nascimento e da morte de Osíris e a coroação de Hórus.
Foi só na Grécia antiga que o teatro ganhou histórias e seu conceito e estrutura que são levados até os dias atuais. Naquela época, só homens adultos podiam subir ao palco, inclusive para os papéis femininos. Somente a partir do século XVII que as mulheres passaram a serem aceitas nos palcos. Dessa época para cá, muita coisa mudou. Hoje qualquer pessoa pode atuar e os temas são muito mais variados. O Caia no Mundo separou algumas peças direcionadas ao público jovem que fizeram e ainda fazem muito sucesso.
Spring Awakening – O Despertar da Primavera
O musical americano de Frank Wedekind é uma da mais aclamadas peças voltadas ao público adolescente da atualidade. Na história, Violeta e Melchior são um jovem casal que se conhecem, apaixonam-se e têm juntos novas experiências e descobertas que vão levá-los a questionar a sociedade com seus conceitos ultrapassados e hipócritas.
Durante a trama, eles são apresentados temas polêmicos e presentes na vida de muitos adolescentes, como violência doméstica, gravidez, uso de drogas etc. Toda a situação leva Violeta e Melchior a enfrentarem o sistema atual, como instituições e famílias, que impõem uma educação falha, que não atende suas verdadeiras necessidades. A peça leva o espectador a se sentir como os personagens e a refletir sobre suas próprias experiências.
Ah, uma curiosidade: sabia que a protagonista da versão americana do musical é a Lea Michele, a Rachel do seriado Glee? =) Olha ela aqui embaixo em uma palinha da peça:
Spur of the Moment – Sem Pensar
Escrita por Anya Reiss, a mais jovem dramaturga a ter uma peça montada em Londres. Para você ter uma noção, a garota hoje tem 21 anos, mas tinha apenas 17 quando escreveu a peça e o roteiro foi para os palcos. A história pode se parecer com a de várias famílias por aí: uma esposa traída pelo marido tentando contornar a crise no casamento, uma filha de 13 anos que, como se não bastassem todos os seus problemas, questionamento e a falta de comunicação com os pais, enfrenta as inseguranças do seu primeiro amor: o inquilino de 21 anos.
Apesar de abordar temas bastante atuais e ter uma trama complexa, Sem Pensar é uma comédia dramática leve e muito bem feita. Dá uma olhada no vídeo da versão brasileira da peça:
Zanna, Don’t! A Musical Fairytale.
A história escrita pelo americano Tim Acito, ainda não lançada no Brasil, se passa em um universo paralelo. Neste lugar, ao contrário da nossa sociedade, os homossexuais são a esmagadora maioria e a norma social, enquanto ser heterossexual é considerado um tabu.
Na história, Zanna, um rapaz que gosta de se meter a cupido, apresenta Steve, um jogador de futebol, a Mike, um campeão de xadrez na escola (na história, ser um jogador de xadrez é considerado popular, e ser um jogador de futebol é para perdedores). Enquanto isso, Kate, a outra protagonista, começa a se envolver com Roberta, uma garota que apesar de ter um caráter bem duvidoso, conquista Kate com a ajuda de Zanna. Na escola, os jovens resolvem montar uma peça criticando os casos de heterossexualidade no exército com a música intitulada “Be a Man” e citando grandes líderes homossexuais da história como exemplo para os “traidores”.
É aí que Kate e Steve percebem que estão apaixonados um pelo outro, mas para ficarem juntos, devem enfrentar uma sociedade inteira e absolutamente contra o amor deles.
Olha um pedacinho da peça aqui:
Já assistiu algum deles? Diga aqui o que achou!