Filatelia: um hobby mundial

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E então, como foi o domingo de Páscoa de vocês? Ganharam ovos, comeram várias delícias? Que bacana. Mas nesse domingo 08 de abril também teve um evento que deve ter passado em branco para a maioria de vocês: o Dia do Correio. Há quem ache o hábito de enviar cartas ultrapassado e utilizado por pouquíssimas pessoas, graças à internet e novas tecnologias, mas é exatamente a raridade e a antiguidade de um selo que o deixa tão valioso, chegando a valer até 3 milhões de dólares! Interessante, né? O estudo dos selos se chama filatelia, e tem muita gente transformou em hobby colecioná-los. Vamos dar um mergulho na história das comunicações e saber um pouco mais sobre os selos?

O selo foi inventado na Inglaterra em 1840 por Sir Rowland Hill, membro do Parlamento do Reino Unido. Naquela época, quem recebia as cartas era o responsável por pagar o serviço, e isso causava problemas, pois grande parte das cartas era devolvida por falta de pagamento. Com o selo, esse problema foi minimizado, pois quem queria enviar a carta já pagava o seu preço. O primeiro selo a ser criado, em 6 de maio do mesmo ano, foi o Penny Black, que tinha a figura da rainha Vitória e ganhou esse nome por valer exatamente um penny, nome de uma moeda inglesa que na época equivalia cerca de 1/240 de uma libra. Por ter sido o primeiro selo criado na história, o Penny Black é um item raríssimo e muito disputado entre os colecionadores, chegando a valer 2 milhões de dólares. Foi graças à invenção do Sir Howland Hill que o sistema dos correios se revolucionou e popularizou, esta mudança foi conhecida como reforma postal.

O Brasil não ficou para trás nessa corrida postal, em 1843, D. Pedro I estabeleceu medidas seguindo a reforma britânica e se tornou o segundo país do mundo a adotar o selo, com o histórico Olho de Boi.

No mesmo ano, a Suíça adotou a prática, mas não em território nacional: Zurique e Genebra foram as primeiras cidades a utilizar o novo sistema postal.

A antiga Nova Guiné Britânica – atualmente é conhecida como Papua Nova-Guiné após a sua independência da Inglaterra, Alemanha e Austrália – aderiu aos selos em 1847. O curioso aqui é que na época foi impresso um único selo, que hoje é um dos mais raros do mundo. Em um leilão especial realizado em Nova York em 1980, a raridade foi vendida por 935 mil dólares. Achou muito? Então você vai ficar de queixo caído quando souber que hoje ele vale cerca de 3 milhões! Isso sim é um bom investimento. :p

Portugal começou a utilizar os selos em 1853, durante o reinado de D. Maria II. Seguindo a moda, os selos tinham a esfinge da governante, variando as cores de acordo com seus valores, que iam de 5 a 100 réis. Outra curiosidade: quem desenhou o busto de D. Maria II foi seu próprio marido, D. Fernando. Isso que é homenagem, hein?

O primeiro selo espanhol era preto e branco e tinha como ilustração o perfil da Rainha Isabel II.

E quando foi que os selos passaram a ser também um artigo de colecionador?

Não foi na Inglaterra, e sim na França que surgiu a ideia de colecionar os selos que eram impressos pelo correio. Alfred Poliquet enumerou em 1861 todos os selos já emitidos no mundo em uma obra chamada Catálogo dos Selos Postais. No ano seguinte, um jovem artista inglês chamado Frederic Booty criou o primeiro catálogo da Inglaterra, que continuou a ser impresso mensalmente até o fim do ano.

E foi no fim da tiragem de dezembro que a publicação se profissionalizou. O Stamp Collector’s Monthley Advertiser foi o primeiro periódico totalmente voltado aos selos e, a partir daí, outros países desenvolveram publicações sobre os selos, popularizando a cultura filatelista em todo o mundo!

Ta aí um hobby bem rico de cultura e história. E bota história nisso, olha que legal esse blog com vários selos antigos, que mostrava todo o romantismo que as cartas traziam. Curtiu a ideia? Então que tal seguir esse hábito retrô e mandar cartas com selos bem bacanas para quem você gosta?

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