As cidades grafitadas são mais coloridas e convidam todos ao sonho. O olhar do visitante é incrivelmente capturado por painéis gigantescos feitos com sprays de tinta e stencils. O grafite vem transformando ruas e bairros em verdadeiros museus e galerias de arte a céu aberto. Ao carimbar o passaporte, não dá pra perder a chance de ver esses cartões postais que se transformam a cada ano.
Na efervescente capital da Alemanha ou no berço mundial do grafite, em Nova York, há sempre uma arte fresca a cada esquina para agradar as pupilas. Você confere ainda a assinatura de muitos brasileiros que fazem barulho com sua street art no exterior. A foto que você vê acima é do famoso mural de Eduardo Kobra no bairro de Chelsea, em Manhattan. Tem muito mais abaixo, veja.
Berlim (Alemanha)
Na super revigorada Berlim, prepare-se pra ter uma das experiências mais surpreendentes com visuais fantásticos e uma história incrível. A cidade alemã, que ficou 80% destruída após a Segunda Guerra Mundial, superou as dificuldades do passado através da expressão de jovens talentos.
As mudanças a transformaram em uma metrópole moderna e multicolorida, o atual reduto global de artistas de diversas praias. Com 150 quilômetros de espaço em branco, o Muro de Berlim sediou as primeiras manifestações do grafite com pinturas e reflexões a altura da inquietude de seu tempo, a partir de 1989.
Com isso, a East Side Gallery se tornou uma atração muito requisitada, abrigando o trecho remanescente do Muro de Berlim que se transformou na maior galeria a céu aberto do mundo. As obras foram pintadas principalmente entre 1989 e 1990, por cerca de 120 artistas de mais de 20 países, mesclando picho e grafite.
Aproveite e reserve pelo menos três horas do seu dia em Berlim para passear pela East Side Gallery. Por lá, conheça os bairros descolados de Mitte, Krauzberg e Friedrichshain, todos eles estão cobertos por rabiscos coloridos. Cada muro, uma história.
No bairro de Mitte, famoso ainda pelas lojas de moda e grifes famosas, fica a ocupação Tacheles. Na rua Oranienburger Straße, está esta antiga loja de departamentos que foi ocupada pelos nazistas e, desde 1990, abriga ótimos artistas independentes e seus ateliês. É possível comprar trabalhos, camisetas e colagens, além de conferir mostras, escultura e muito grafite.
Nova York (Estados Unidos)
A big apple é mundialmente reconhecida como o berço do grafite, antes mesmo de Berlim. Na década de 70, foi em Nova York que Jean-Michel Basquiat despertou a atenção dos americanos pelas mensagens poéticas que deixava nas paredes dos prédios abandonados de Manhattan. Nos bairros de Lower East Side e Village, vários outros “muralistas” deixaram seu colorido colaborando para a nova linguagem. No calor dos anos 1980, com o advento do hip hop, o documentário “Style Wars” ajudou a explodir a tampa da street art de Nova York para o mundo.
Bem no centro de Nova York está a Wall Bowery, um dos mais famosos pontos do grafite da cidade que nunca dorme. Essa parede foi ocupada por cores e mensagens pela primeira vez no ano de 1982 e desde 2008 virou painel rotativo e já recebeu uma obra d’Os Gêmeos.
Entre os trabalhos mais recentes está o grafite de Barry McGee com Josh Lacano. Eles fazem uma homenagem aos nomes de crews e de grafiteiros de gerações do passado, em vermelho sobre um fundo branco. O mural do Popeye, feito pelo artista Crash One, também já foi estampado nesse mesmo museu sob a calçada.
Andando pelo simpático bairro de Williamsburg, o reduto hipster de Nova York você vai conferir uma série de trabalhos rabiscados por grafiteiros de vários lugares do mundo. Fique com a melhor visão do cenário urbano e faça um passeio a pé pelos cartões postais de New York com o City Tour.
São formas variadas, lances, coberturas, murais de coletivos e stencil de símbolos famosos. Outro bairro descolado do Brooklin, o Bushwick tem seu coletivo oficial organizado por moradores da região. Eles agitam festas de quarteirão, o tipo de encontro na rua que ficou forte nos anos 80, e muito grafite, claro. Veja abaixo e conheça mais na fanpage do Bushwick Collective.
Wild style? Roof-top? Bubble style? Essas expressões vão entrar no seu vocabulário durante uma experiência junto aos grafiteiros. Se você pretende aperfeiçoar seu inglês, passe duas semanas intensas de atividades no meio artístico com um curso regular da CI.
Já com o Mochilão Balada, você pode ficar três noites em Berlim curtindo o dia de exposições ao ar livre e muita street art. São 18 dias mochilando por capitais europeias grafitadas, repletas de boas noitadas.