Hoje, vamos conhecer alguns dos destinos turísticos mais impressionantes do mundo com pelo menos uma característica em comum: todos foram criados ou atingidos por uma grande catástrofe ou acidente natural no passado, como uma erupção vulcânica, a explosão de um meteorito ou o desabamento de uma gruta calcária.
A outra coisa que esses lugares têm em comum é a beleza: a maioria oferece um cenário paradisíaco, e hoje em dia você pode planejar viagens incríveis para conhecê-los e se maravilhar com estas que são algumas das paisagens mais exóticas do planeta.
Pronto para conhecê-los? Vamos a eles:
1. A Ilha de Krakatoa (Indonésia)
Que tal conhecer uma ilha que explodiu inteira? Em agosto de 1883, o vulcão Krakatoa, que fica na Indonésia, foi inteiro pelos ares matando 36 mil pessoas, atirando rochas a 27 quilômetros de altitude e se fazendo ouvir a 5 mil quilômetros de distância. O barulho pôde ser ouvido na Austrália, nas Filipinas e na Índia. A onda de choque deu sete voltas ao redor do planeta.
Krakatoa pertencia à província de Lampung e era separada da ilha de Java pelo estreito de Sonda. Sua famosa catástrofe vulcânica – considerada a mais violenta já testemunhada pelo homem moderno – virou tema de filmes de Hollywood e de documentários, e é até hoje um dos exemplos mais extremos da força destrutiva da natureza.
Em 1929, vulcanólogos constataram que uma nova ilha tinha se formado no estreito de Sonda devido à atividade sísmica. Essa ilha foi batizada de Anak Krakatoa, e, é claro, acabou se tornando um dos destinos turísticos mais procurados da região.
A última erupção aconteceu em 1994, e um turista americano morreu. O Anak Krakatoa lança cinzas “40 ou 50 vezes por dia”. Existe um plano para a retirada rápida dos milhares de moradores das aldeias próximas ao vulcão. Os turistas visitam a ilha a bordo de pequenos barcos que obedecem o limite de 300 metros do Anak Krakatoa.
Depois de sair de uma das praias de Carita, localidade próxima, o passeio de uma hora de barco revela os primeiros sinais da atividade do vulcão: as cinzas que ele lança sem parar. Não é permitido desembarcar quando o nível de alerta está alto.
O passeio pelo vulcão dura mais ou menos meia hora e não é considerado perigoso, desde que se siga à risca as orientações e normas de segurança e seja feito em épocas de inatividade. Segundo os guias, “as pessoas vêm passar o fim de ano e outras datas comemorativas para torná-las inesquecíveis”.
E é um passeio inesquecível mesmo!
2. Nordlingen, cidade dentro da cratera de um meteorito (Alemanha)
Este vilarejo com cerca de 20.000 habitantes é uma cidade medieval diferente de todas as outras cidades do mundo. O lindo lugarejo está localizado na cratera de um meteorito com 25 quilômetros de diâmetro. Estudiosos chegaram à conclusão de que a cratera se formou há 14,5 milhões de anos devido à queda de uma grande rocha vinda do espaço.
Se você visitar o interior da Alemanha, pode querer fazer um desvio dos itinerários mais comuns e dar uma passadinha no sul do país, na fronteira entre as províncias da Bavária e de Baden- Württemberg, para conhecer Nordlingen. O lugar é lindo, protegido por um muro de defesa que remonta ao século 14, um dos três únicos exemplares que existem no país.
A cidade foi palco de duas batalhas durante a Guerra dos Trinta Anos e, se não fosse pelos carros e lojas modernos, você poderia facilmente imaginar que atravessou um portal temporal e está visitando uma outra época.
O célebre astrônomo Eugene Shoemaker, durante visita à cidade em 1960, ficou fascinado ao perceber que as pedras utilizadas na construção da Igreja de São Jorge, no centro do vilarejo, tinham origem extra-terrena, ou seja, tinham sido criadas pelo impacto violentíssimo do meteorito. A cratera de Nordlingen, esclarece o astrônomo, “foi a primeira grande cratera na Terra que pudemos provar ter sido causada pelo impacto de um meteorito”.
Você também pode aproveitar e esticar a visita para a região de Steinheim am Albuch, que fica a apenas 40 quilômetros de Nordlingen. Um meteorito menor caiu simultaneamente nessa região, resultando numa cratera bem menor – apenas 3 km de diâmetro. O vilarejo de Steinheim vale muito a pena a visita. Existe um pequeno museu em Sontheim im Stubenthal e muitas trilhas bem sinalizadas com vistas fantásticas da cratera.
Já pode ir planejando sua visita dando uma olhada no site dos museus que existem em cada uma das cidades:
Em Nordlingen: Rieskrater Museum
Em Steinheim: Meteorkratermuseum
3. Cenote Ik-Kil (México)
Na Península de Yucatán, perto de Chichén Itzá, existem diversos cenotes, que são grutas de rocha calcária, verdadeiros poços naturais que vão absorvendo toda a água da chuva, criando uma piscina subterrânea de água doce. Os rios nessa região são todos subterrâneos e interligados entre si.
Diferentemente de muitos cenotes que ainda têm a parte superior da gruta, o Cenote Ik-Kil sofreu um desabamento do teto e encontra-se completamente aberto bem no meio de um exuberante jardim tropical, proporcionando uma visão impressionante ao olhar e uma oportunidade ímpar de banhar-se em meio a uma das estruturas naturais mais interessantes do mundo.
Para chegar ao cenote é preciso descer longas escadarias, já que ele é bem fundo. A profundidade da água também não é brincadeira: de 25 a 30 metros, com suas águas geladas. Trata-se, sem dúvida, de mais uma das muitas maravilhas do México.
Existe uma base para salto com 5 metros de altura, da qual você pode pular e se divertir feito criança. Pura adrenalina! Costuma encher de gente, sobretudo as pessoas que estão indo para Chichén Itzá, já que o poço é parada obrigatória para quem está a caminho do conhecido sítio de origem maia. A entrada custa 72 pesos.
Tem medo de água fria? Não? Então, prepare-se para o mergulho mais refrescante da sua vida!