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Nem é preciso se esforçar pra lembrar como Londres é multifacetada, fervida, notívaga e repleta de tribos vivendo o mesmo espaço. Terra da moda e da liberdade de expressão, a capital da Inglaterra já transbordava seu lado fashionista na década de 1980, quando viu surgir a London Fashion Week, exportou desfiles para Japão e Nova York, e sediou uma nova cena vibrante plugada na noite alternativa da cidade. Quando o visual das casas noturnas tomou as passarelas de Londres.
Já ouviu falar nos estilos gótico, glam e new romantic? E o high camp? Com visuais impactantes e exagerados, eles foram uma febre nas nightclubs londrinas em momento pós-punk.
Olha que legal! O famoso museu Victoria & Albert, que tem um dos maiores acervos de design do mundo, está revivendo essa história fashionista em Londres e vem causando burburinho lembrando looks exóticos da época.
Mergulhe na exposição “Club to Catwalk: London Fashion in the 1980s” que garante que há 30 anos, o que surgiu de melhor na moda britânica, sempre esteve ligado ao que acontecia nos clubes noturnos. A exposição, que vai até fevereiro de 2014, apresentando 85 looks incríveis que foram feitos pelos estudantes e designers mais experimentais da década, incluindo Betty Jackson, Katharine Hamnett, Wendy Dagworthy e John Galliano. Este último chegou a criar chapéus para a princesa Diana e para o cantor Boy George.
O designer e performático Leigh Bowery comandou a renomada Taboo, usando a casa como um teatro para seu exibicionismo high camp. O estilo inspirou e provocou dançarinos, designers e entusiastas a elevarem o seu lado fashion ao extremo.
Os primeiros espaços eram os pequenos clubes Blitz e The Club for Heroes que já atraíram um número razoável de pessoas interessadas em se montar. À medida que a década avançava, pontos como o Camden Palace e outras festas começaram a atrair um público maior. Embora menos intimista, eles moldaram a relação criativa entre música, nightclub e passarela por anos e anos.
O gótico surgiu a partir da combinação do punk e da obsessão oitentista de se produzir exageradamente. Estudantes e jovens designers de moda trouxeram suas experiências da vida noturna de Londres e uma sensibilidade sombria para um novo estilo dramático. Preto, rendas e couro foram combinados com make-up fúnebre e cabelos pintados de preto. Em clubes como Hell e Batcaverna, o visual gótico era predominante.
Joseph Ettedgui fundou a rede de boutiques Joseph, em London no ano de 1977, dando sempre um suporte para designers inventivos e passou a trabalhar com Katharine Hamnett, John Galliano e BodyMap no auge dos anos 1980. Ele também criou a marca de malhas Joseph Tricot, e em 1985 lançou o modelo ‘Tiger’ para homens que se encontra hoje no acervo da exposição no V&A.
A revista BLITZ convidou a inglesa Vivienne Westwood, estilista que ficou muito associada à moda punk e new wave, para customizar esta jaqueta denim, da Levi Strauss & Co em 1986. “Eu fiquei muito orgulhosa da minha jaqueta, gosto de pegar coisas tradicionais e colocá-las num contexto mais futurista”, disse na publicação. No mesmo ano, outros designers e estilistas notívagos também foram convocados pra imprimir seu estilo no clássico da Levi’s.
Até hoje, a inventividade do design londrino se deve à excelência da educação artística da cidade, onde faculdades oferecem sempre treinamento avançado para novos talentos.
Com a CI você pode estudar inglês combinado com aulas de moda na renomada University of the Arts de Londres por quatro semanas.
