Pronto. Você chegou a Chiang Mai, no Norte da Tailândia, e não vê a hora de realizar aquele tão aguardado “tour” que envolve conhecer uma das florestas do país e, claro, montar num elefante. Legal, né?
Não! Nada legal! Pelo contrário: péssima escolha – uma das piores que você poderia ter feito em meio a tantas belezas naturais aqui existentes. Te aconselho, sinceramente, a ficar em casa se for para vir para cá “só” para montar em um elefante.
“Uau! Por que tanta agressividade?” – você pode estar se perguntando.
Faço questão de explicar.
Para que o elefante o receba em suas largas costas, ele – em 99% dos casos – teve que passar por um cruel processo de domesticação, chamado “quebra do espírito”. O animal fica semanas preso à uma espécie de cela e neste período é submetido a torturas, apanha, passa fome e sede até que, de fato, perde a vontade de viver, restando submisso ao seu “treinador/dono”, que só pensa em lucrar com isso entregando o grandalhão para tais tours, circos ou outras atividades. Os “elefantes pintores” e “jogadores de futebol” são fruto do mesmo processo.
Àqueles que já montaram, registraram o momento e até gostaram do passeio, peço desculpas, mas preciso dizer: infelizmente, isso ajudou a financiar esse tipo de atividade exploratória.
Dito isto, recomendo que você pesquise com cuidado o tipo de passeio e atividade que pensa em desenvolver com os elefantes. Te garanto: é muito mais prazeroso e divertido (para você e para o animal) andar ao lado deles na selva ou ajudá-los na hora do banho no rio do que no sofrido lombo dos fofuchos.
Uma excelente escolha é o Elephant Nature Park – um santuário de verdade que resgata, cuida e abriga só em Chiang Mais um total de 71 elefantes oriundos dos mais diversos tipos de trabalhos escravos ou exploratórios que você possa imaginar. No próximo post, falaremos mais do projeto desenvolvido por este pessoal.
Enquanto isso, pense. Você também é parte da solução!