Já faz um mês que estou de volta ao Brasil. Já deu pra sentir a vida real novamente e posso, com calma, escrever pra vocês sobre como era minha rotina de intercambista em Vancouver, no Canadá. Preparados?
Essa foi a minha primeira experiência de intercâmbio e a primeira vez que viajei sozinha. E posso dizer que foi demais! Eu voltei do Canada amando aquele país. E olha que falta conhecer uma boa parte ainda! Vancouver foi uma decisão bem acertada. A cidade te convida pra sair pra rua e viver muito. Quem me seguia no insta (@natigrazziotin) pôde conferir do que eu tô falando. Saí de lá, mas um pedacinho do meu coração ficou. E não sou só eu que senti isso, não. Muitas pessoas que conheci sentiram o mesmo. Vancouver me abraçou e eu abracei Vancouver.
Cores do outono no Stanley Park
Fiz o programa de estudo de inglês pela CI Intercâmbio aqui em Passo Fundo. Lá, eles me deram várias opções de escolas. Pesquisei e escolhi a ILac por ter o programa que eu queria (5 horas de aula por dia, segunda a sexta) e uma estrutura bacana. O programa que fiz era o intensivo de inglês geral. Mas na escola tem outros programas, com mais horas-aula, preparação para o TOEFL, etc.
Fiquei em homestay. Isso significa que eu morava numa casa de família. Tinha um quarto só meu e o banheiro era compartilhado. Tinha também café da manhã, almoço e janta inclusos no pacote. Mas tudo isso pode ser ajustável. Como foi minha primeira experiência sozinha num país desconhecido todo o conforto era bem-vindo.
Morava numa casa em West Vancouver, mais precisamente em British Properties. É uma região nobre e bem longe de downtown. Como tinha que pegar o ônibus às 7h30, acordava às 6h30. Tomava banho, me arrumava, tomava café da manhã com meus roommates (na minha casa tinha 3 quartos pra alunos) e ia pra bus stop.
Chegava em downtown aí por 8h25 e minha aula começava às 8h30. As aulas eram só com um professor. Nas terças e quintas a gente tinha elective class do meio-dia às 13h30. Nos outros dias, a gente almoçava um sanduíche (que eu levava de casa) às 11h30 e ao meio-dia a aula normal recomeçava.
No início eu me sentia bem cansada porque não tava mais acostumada com aula! Mas depois da primeira semana, embalou. Adorava minha turma e meu professor. Entrei no pre-advanced (a gente faz um teste de nivelamento no primeiro dia de aula pra saber qual vai ser o nível).
De 15 em 15 dias a gente fazia uma prova pra ver se subia de nível. A ILac usa o Cambridge English, então as provas era em inglês britânico, o que tornava as coisas mais complicadas. Mas no fim foi bom porque treinamos nosso ouvido para outros sotaques, não só o canadense. Falando nisso, pra quem quer aprender inglês o Canadá é uma ótima pedida também pela questão do sotaque. Os canadenses não pesam na língua. Eles falam de forma clara e limpa. É bem tranquilo de entender.
No Ambleside Park, em West Vancouver ( a vista mais linda da Lions Gate Bridge)
Bom, a gente saia da escola às 13h30 (no inverno passou para as 14h) e ia desbravar a cidade. Cada dia convidávamos um grupo de amigos e íamos conhecer um parque, um museu, um bairro, alguma coisa a gente sempre fazia. O negócio era não voltar pra casa! A gente pesquisava eventos, feiras, etc nos sites que mostravam programações em Vancouver (tem vários, gostava desse) e se mandava! No meu blog (Moça Fresca) contei sobre vários passeios, é só pesquisar (:
No campus da Universidade de British Columbia
Ficava de olho nos horários dos ônibus e ia pra casa a tardinha. Jantava com a família por volta das 19h30. Quando queria jantar na rua mandava uma mensagem avisando e voltava mais tarde. Durante o jantar minha host family conversava com a gente, perguntava o que tínhamos feito, era bem bacana porque podíamos praticar ainda mais o inglês. Depois, lavava a louça e íamos para o quarto. Aproveitava pra falar com a minha família aqui no Brasil e com o marido, né? Era nessa hora que entrava na internet, fazia o homework e redações para o dia seguinte.
Era isso, no outro dia começava tudo novamente! Nos fins de semana sempre combinávamos uma viagem curtinha ou então alugava uma bike, íamos para um parque, fazíamos uma trilha… Enfim, sempre inventávamos uma atividade.
Já falei demais! Espero que essas infos esclareçam a cabecinha de quem quer fazer intercâmbio mas tem medo e/ou tranquilizem aqueles que estão a um passo de viver essa experiência!
Gostaram, pessoal? Estou à disposição para qualquer dúvida que tiverem, ok?
Beijos,
Nati