Voltar em um lugar que já se conhece, é diferente de encarar o desconhecido. Meu sentimento por Paris no momento é de expectativa, acho que saudade é o termo mais certo pra definir. É como você estar a poucos minutos da casa daquela pessoa que não vê ha tempos. Acredito que vou ver tudo de uma forma diferente; um certo ar de comparação vai ser inevitável…mas antes disso, há na minha frente uma fila, um obstáculo a ser transposto; a imigração.
Mente quem se diz totalmente tranquilo nesta hora, por mais que você tenha um visto e passaporte válido, todo e qualquer país se reserva ao direito, representado por um oficial de imigração, de impedir a entrada que quem quer que seja sem ter que dar qualquer explicação. Por isso, saibam: todo cuidado é pouco na hora do check-list do que portar neste momento.
É fundamental ter em mãos: passaporte, visto, dinheiro e cartão de crédito (se tiver) e o documento que comprova o motivo de sua viagem (uma carta da confirmação de escola e acomodação, se o motivo for curso, ou reserva de hotel, ou telefone e endereço de contato de algum amigo residente naquele país se for turismo). No meu caso, fui indagado inclusive sobre o meu roteiro, tive todas as respostas na ponta da língua. Que isso não seja um balde de água fria nos amantes do improviso, mas é bom um itinerário esboçado, pode evitar problemas! Ainda tenho alguns bons contatos aqui, o que me valeu uma recepção de carro no aeroporto. Direto “pra casa” para deixar as malas!
Para quem chegou no meio da tarde, consegui um pequeno milagre; rodei por alguns pontos “manjados” começando pela torre (que nunca canso de admirar), pra acompanhar, um crepe de Nutella, (tão banal aqui como a manteiga, por aí). Arco do triunfo/Champs Eliseés, Catedral de Notre Dame, e no fim da noite, um rolê pelo Quartier Latin com direito a um Kebab (um up-grade do nosso tosco churrasco grego, com batata frita e molho), por hoje chega!! Não consegui dormir no avião (invejo quem consegue). A mente até quer ficar mais, mas o corpo não obedece, preciso dormir.
O segundo dia segue com um pouco mais do mesmo, mas com uma diferença, um solzinho tímido com um vento frio de 4 graus monta o clima que mais curto aqui.
Almoço no restaurante fast-food que mais gostava (Quick, o Mc Donals francês, muito mais saboroso e menos gorduroso) com os mesmos 8 € que teria gasto em qualquer concorrente.
Bom, já me conformei que não vai ser hoje que vou ver e fazer tudo que queria, tenho um fim de semana pra gastar aqui na volta da Inglaterra, não preciso lamentar, certo? Até por que, hoje a noite tem fondue “lá em casa”. Vejo a mesa cheia, 12 pratos, várias garrafas de vinho, convidados portugueses no jantar, gente que bebe bem. Putz, amanhã tenho que acordar 7h00, será que isso vai dar certo??