Quase 15 horas a 1000 km/h!

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É isso ae, galera… foram quase 15 horas dentro de 3 aviões, entre escalas por vários cantos do globo… e viajando contra a rotação da Terra! Mas, no final das contas, agora estou aqui! Ja, ja, ja! [Sim, sim, sim!] Estou na Alemanha! Esse post tá um pouquinho comprido, mas prometo que o próximo eu enxugo! hehehe… é muita coisa pra falaaar!

Saí de Brasilia no domingo, dia 17 de junho, lá pelas 7 da manhã. Com as loucuras dos aeroportos (fecha, abre, chove, neblina, atrasa vôo, restauracao de pista, greve de controlador, férias de meio de ano, revoadas de urubus, ataques de ursos, patati e patatá, hehehe…), resolvi pegar o primeiro vôo de Brasília para Sampa – logo na madrugada. Cheguei em Guarulhos por volta da 9:30… e teria que esperar até 18:30 para meu vôo internacional. E, bem… as opções de entretenimento nos aeros são reduzidas… ainda mais depois de girar por 7 horas. Foram loongas horas de espera… E lá pelas tantas, eis que escuto um “Mãeee… olha aquele moço do casaco vermelho de novo!” – e foi nesse momento que percebi que era chegada a hora de escolher um lugar para sentar e parar de perambular incessantemente pelo aero, hehehe… Tive, no entanto, a satisfação de encontrar na Casa do Pão de Queijo (uhhh, saudade!) uma amiga de Brasília (a Grazi, beijo pra vc!) que voltava para lá. Pelo menos assim o tempo passou um pouquinho mais rápido…

Bem, para situar, vamos ao roteiro de chegada (ou saída, como preferirem =] ):
VOANDO (dia 17/06): Brasília – (1h30min) – Guarulhos – (11h30min) – Amsterdam – (1h30min) – Stuttgart.
DE TREM (dia 18/06): Stuttgart – (45min) – Karlsruhe.

Antes de qualquer outra coisa, tinha que imprimir o roteiro de como sair de Stuttgart e chegar em Karlsruhe. Semanas antes eu tinha pego essa informação com um pessoal no Orkut (e não é que o Orkut é útil também? hehehe), então estava tudo tranquilo – pelo menos assim eu achava! Procurei um cybercafe legal que tinha no primeiro piso, mas ele não existia mais. O único cybercafe de Guarulhos era, agora, a loja de uma empresa de telefonia (me falta o nome agora…), em que a internet sai pela astronômica cifra de R$19,90/hora e a impressão por outros R$0,90/folha! Me perguntei se eles estavam mantendo os preços praticados em 1999… o que justificaria o abuso… mas, enfim… a impressão era o mais importante: e eu a fiz. No entanto, fica o aviso: internet ou impressão no aero de Guarulhos NÃO!

Com um atraso pequeno de 10 minutos, peguei o vôo para Amsterdam, voando pela companhia KLM (holandesa, em fusao com a Air France, www.klm.com.br). Ótimo vôo, ótima estrutura de bordo, comissários e comissárias muito gentis e atenciosos. Telas inclináveis de LCD para cada passageiro, além de umas 9 rádios por satélite, uns 20 filmes em diversos idiomas (incluindo lançamentos), e jogos (o controle remoto de cada cadeira virava um joystick!). Até esqueci que tinha levado leitura de bordo, hehe. Se não fosse o excêntrico da cadeira ao lado (um inglês meio esquisitão que ficava suando sem parar), a viagem teria sido perfeita. Ah, claro… como de praxe em vôos com mais de 2 horas de duração, minha cadeira estava com algum problema… e essa era a quarta vez que isso acontecia: o headphone só funcionava de um dos lados. KKkkKKKk, eu sou mesmo um sortudo. Já ganhei até mini-champagne em outra compania aérea pq minha cadeira não inclinava… mas dessa vez tive que me contentar com um “Entschuldigen Sie bitte!” [Mil desculpas, senhor!]. E só. Ok…

Cheguei em Amst e logo fui para a fila do CUSTOMS [controle de fronteiras]. Ali foi feita a temida “entrevista” para entrada na Europa – pois apesar de eu estar indo para a Alemanha, o controle de fronteiras é feito no país europeu de primeira chegada, no meu caso na Holanda mesmo. Engraçado que eu só fiquei sabendo disso depois que já estava na Alemanha… “Ué… cadê o Customs?”, “A gente passou por ele em Amsterdam!” – respondia o Augusto.


Falando em Augusto, deixa eu apresentar o primeiro (e rápido) personagem da viagem. O Augusto é um cara de Belo Horizonte, 20 e poucos anos, que veio pra Alemanha fazer o mesmo programa que eu (IAESTE), mas na cidade de Freiburg (a sudoeste do país). Descobri por meio dele tudo sobre como sair exatamente de Stuttgart e chegar em Karlsruhe – uma vez que ele teria que passar por Karlsruhe para chegar em Freiburg.

Mal o avião pousou, todo mundo desembarcou e desapareceu. O aeroporto estava vazio naquela segunda-feira a tarde. Primeiro momento de tensão da viagem: comprar o bilhete para pegar o trem do aeroporto [Flughafen] até a estação central de trens [Hauptbahnhof]. Nada de atendentes ou vendedores de bilhete: apenas uma máquina. Uma máquina que tinha instruções em alemão, não importasse qual das línguas você selecionasse na tela principal – caso típico de temperamentalismo informático. Alguém para dar uma ajudinha, informação? Naaada… todo mundo tinha sumido… parecia até aqueles filmes de faroeste, com bola de feno passando na cidade abandonada e tudo (!). Eu (sem saber praticamente nada de alemão) e o Augusto (idem) fomos apertando e apertando os botões, até que a máquina se cansou e cuspiu um bilhete. UFA!

O trem chegou logo depois. A primeira impressão ainda é a que ficou na memória… um trem rápido, moderno e com portas futurísticas (!!). Minha mineira mãe diria “Que trem bão, sô!”, kkkk. Bem, mal o trem parou, uma velha senhora apertou um botão de abertura de uma das 15 portas(!!!): um sensor de pressão por digitais com leds vermelhos e verdes – fazendo com que duas portas saltassem para fora e escorregassem para os lados, seguindo uma escadinha que descia aos pés dos consumidores (!!!!). Sabe aquele primeiro medo que todos nós tivemos ao usar uma escada rolante pela primeira vez na vida? Pois então… fiquei boquiaberto, hehehe…


Ach so!!! [Ah, sim!!!] Aqui na Alemanha você não precisa passar por nenhuma catraca ou portão ou qualquer barreira para entrar nos trens. As pessoas compram os bilhetes, carimbam logo depois de entrar no trem e se sentam. E raramente algum fiscal pede para conferir os bilhetes carimbados. Ainda assim, praticamente todo mundo compra os tickets. Das ist sehr gut.

Ao chegar na estação central de trens de Stuttgart, outro probleminha: nem todos os alemães falam/entendem inglês, diferentemente do que haviam me falado no Brasil. “Alemão? Todos eles falam inglês… perfeito!”. Nien! [Não!]. Foi outra dificuldade pra comprar o bilhete para Karls, mas daí contamos com a linguagem universal dos gestos desesperados, hehehe…

No trem de Stuttgart para Karlsruhe, eu e o Augusto conhecemos uma garota que estuda música no Schloss Gottesaue (fotos nos próximos posts) – um castelo com jeito de que acabou de sair de um quadro, tal sua perfeição. Ela me ajudou bastante quando desembarcamos em Karlsruhe Hauptbahnhof, me situando bem pelo local. Liguei então para o meu contato do IAESTE na cidade, e 20 minutos depois lá estava ela – a alemã Lisa!

Bem pessoal, para não deixar o post muuuuuuuuito longo, continuo com a história amanhã – relatando o primeiro contato com a Lisa e os outros integrantes do IAESTE ALEMANHA (já conheci todos no mesmo dia que cheguei! Indianos, tailandeses, chineses, alemães…), os primeiros dias em Karlsruhe, os primeiros choques culturais e as primeiras cenas que ficarão para sempre na minha memória!

P.s.: Valeu pelos comentários ae, pessoal! Eber, boa viagem por ai (ou por aqui, hehehe) no Reino Unido! E vamo que vamo!

Tschüss!!! [Tchau!!!]

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DICA VALIOSA #1: CARTÃO DE FIDELIDADE DE COMPANHIAS AÉREAS.
Pode parecer besteira, mas fazer um cartão de fidelidade (de milhagens) em companias aéreas é um ÓTIMO jogo. Antes de embarcar para a Europa, fiz três cartões (com os quais é possível acumular pontos em praticamente todas as cias aéreas da europa, américas e áfrica). Eles são gratuitos e basta apresentá-los no balcão no check-in, além de ser muito fácil trocar as milhas. Seguem abaixo os meus:
SKY TEAM: serve para praticamente toda a Europa (www.skyteam.com)
FLYING BLUE: específico da KLM e da Air France (www.klm.com ou www.airfrance.com)
FIDELIDADE TAM: serve para américa do sul, central, do norte e frança/holanda (www.voetam.com.br)
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Abraços e… COMENTA AE!!! Amanhã tem mais…
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Rafael Guimarães

Rafael Guimarães

Rafael é estudante de Engenharia Florestal e vai estagiar em uma das melhores empresas do setor, na Alemanha. Além, claro, aproveitar para se divertir na Europa. Acompanhe aqui

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