Desde que resolvi ir para Vancouver, já tinha em mente que daria um jeito de ir pra Seattle! Já que estava morando na costa oeste do Canadá, porque não rodar 200km ao sul pra conhecer umas das maiores e mais interessantes cidades da costa oeste americana???
E desde o Brasil já pesquisava sobre como ir pra Seattle… ônibus, trem ou Ferry? qual a melhor opção? Era isso que eu me perguntava até a viagem pras Rochosas… Se lembram do post anterior onde contei que na excursão haviam um grupo de brasileiros? Pois bem, além da Helo e da Lála, também tinha um pessoal que queria ir pra Seattle na mesma semana que eu estava planejando desde antes de deixar o Brasil!
E adivinha o que eles me falaram??
– Como estamos em grupo fica muito mais cômodo e barato alugar um carro do que ir de ônibus! – Já ouvi isso em algum lugar….
No dia da viagem me encontrei no centro da cidade com meus novos amigos Carla, Patrícia e Bruno para irmos até a locadora de automóveis. Lá chegando, não havia mais carros para serem alugados! Quando o desespero começou a bater, comentei sobre a locadora que havia pego o carro para a vaigem à Whistler. E lá fomos nós cruzando os dedos para coseguir algum carro pra gente. Pro nosso alívio, ainda tinha carro! E pro meu espanto o carro era justamente o mesmo PT Cruiser vinho que havia usado pra viagem de Whistler.
Definitivamente, coincidências e surpressas foram as coisas que mais me marcaram na jornada por este continente!
E lá fomos nós na sexta-feira a noite rumo ao sul para conhecer a terra do Nirvana, Pearl Jam, Alice in Chains… cidade da sede da Microsoft, do legado do Bill Gates e dos melhores estúdios de gravação de música das américas… lugar do Space Needle, o Museu de Ficção Científica e a primeira cafeteria Starbucks do mundo… mas o que talvez seja mais importante lembrar é a história por trás do nome e das origens da cidade…
O Chefe Sealth” (Ts’ial-la-kum), mais conhecido atualmente como Chefe Seattle (ou ainda Sealth, “Seathle”, Seathl ou See-ahth) ( 1786 — 7 de Junho de 1866), foi líder das tribos Suquamish e Duwamish, no que hoje é o estado americano de Washington. Uma personalidade muito conhecida entre seu povo, ele lutou por uma forma de acomodar os colonos brancos, criando uma relação pessoal com o Doutor David Swinson “Doc” Maynard, um dos pais fundadores da cidade de Seattle, Washington, que ganhou este nome em homenagem ao chefe indígena.
Em 1854, “O Grande Chefe Branco” em Washington fez uma oferta por uma grande área de território indígena e prometeu uma “reserva” para os índios. A resposta do Chefe Seattle tem sido considerada uma das declarações mais belas e profundas, e até mesmo contemporâneas, já feitas sobre o meio-ambiente. Vale a pena ler todo o texto, mas aqui só coloquei uma pequena parte:
“Como você pode comprar ou vender o céu, o calor da terra? A idéia é estranha para nós.
Se nós não somos donos da frescura do ar e do brilho da água, como você pode comprá-los?
Cada parte da Terra é sagrada para o meu povo…
…a Terra não pertence ao homem – o homem pertence à Terra. Isto nós sabemos.
Todas as coisas estão ligadas como o sangue que une uma família.
Todas as coisas estão ligadas.
Tudo o que acontece à Terra – acontece aos filhos da Terra.
O homem não teceu a teia da vida – ele é meramente um fio dela.
O que quer que ele faça à teia, ele faz a si mesmo…”
Voltando…
Chegamos a noite mesmo, jogamos nossas coisas no quarto do hotel e já fomos pro centro da cidade conhecer um pouco da vida noturna e os lugares que poderiamos ir no dia seguinte. Dirigir por aquela cidade durante a noite, foi umas das sensações de Seattle. As pessoas, a vida noturna, as luzes, os pontos turísticos iluminados, os amigos fazendo companhia… foi tudo bem legal!
Na manhã seguinte deu pra conhecer melhor a essência da cidade. Parques, gente passeando, o famoso monotrilo passando pela cidade e música! Música nos parques, nas estações, nos predios, nos elevadores, artistas de rua cantando e tocando seus instrumentos em frente ao tão visitado Pike Place Market, o mercado público que fica em frente a Baia Elliot, o famoso centro pesqueiro da cidade. Foi corrido, mas valeu a pena!
Durante a tarde fomos para um outlet próximo a divisa com o Canadá pras meninas fazerem a festa e depois seguimos caminho de volta à Vancouver, porque no domingo de manhã tinhamos outra viagem pra fazer. Dessa vez conhecer a Capital da província, Victória. Uma aventura a parte, porque a cidade não fica no continente, precisariamos pegar uma balsa e navegar um tempo pela costa do Oceano Pacífco para chegarmos lá… mas isso conto pra vocês no próximo post!
Como de costume, deixo fotos e um vídeo feito no alto do Space Needle em anexo, e uma amostra da musicalidade da cidade clicando aqui.
https://youtube.com/watch?v=uzuti0fFHWM%26feature%3Dchannel
Galeria de fotos: