Um mergulho profundo na impressionante cultura escocesa

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Cheguei em Edinburgh quase meia noite. Ah esqueci de falar, na saída de Belfast tive que passar pela imigração, fizeram algumas perguntas em dois bloqueios onde eu tive que dizer qual era o propósito da minha visita, mas foi bem simples! Só responder a verdade!

Como disse já era bem tarde quando cheguei em Edinburgh, pegando o trem do porto ate Glasgow e depois um outro trem, o último do dia que vinha para cá.

Com algumas orientações dos policiais na saída da estação, não foi difícil achar o albergue. Graças a Deus o albergue funciona 24 horas e eu caí na cama!

Hoje cedo eu fui ao information centre e de acordo com tudo o que eu queria fazer no tempo que me resta de viagem, decidi tomar dois tours para os próximos dois dias aqui na capital da Escócia. O dia de hoje ficará só para conhecer a cidade!

Logo no caminho para o Museu de Edimburgh encontrei esse cara usando saia…. ô sorry, saia não! Kilt, e ainda tocando a mágica gaita de foles! Que som do c’eu!

A cidade aqui respira uma forte cultura! É lindo de ver como certos traços estão enraizados nos escoceses. Percebe-se que eles preservam bastante certos costumes dos antepassados. o que é um verdadeiro deleite para nós que estamos apenas visitando o país!

Os inúmeros monumentos, dão à cidade um verdadeiro ar medieval em pleno século 21. Mas a cidade também esta aberta para manifestações culturais de outros povos. Você pode assistir vários tipos de performances só no caminho do albergue para o mercado. Aqui parece ser a capital das artes e os preparativos para o mega festival já podem ser notados nas ruas.

Toda essa mistura deu à Escócia uma magia que não senti em nenhum outro país pelo qual visitei. Não sei explicar, parece que andar pelas ruas de Edimburgh ao som da gaita de foles é entrar num mundo onde os sonhos podem ser alcançados com um esticar do braço. Não coisas materiais, mas overdose de vida! rsrs Você vê pessoas dançando nas ruas e elas sorriem para você como se te convidassem para se juntar a elas.

Parece que o lema da cidade é: Liberte-se do padrão de turista normal e caia na magia de Edimburgh!

E os trajes deles então? Eles usam aquilo mesmo, não é só folclore não! muitas ocasiões especiais lá estão eles com o kilt e todos os aparatos! Andam pra cima e pra baixo com aquela roupa, é um pouco engraçado, mas em pouco tempo vc se acostuma.

Se eles usam alguma coisa por baixo? Dizem que o correto é não usar nada, mas eu não pedi pra ver! hahaha

Uma polonesa me disse que numa festa de casamento um deles caiu no chão de tão bêbado e lá estava o garoto como veio ao mundo!

Bem, nos preparativos para a viagem procurei estudar a historia dos paises pelos quais mochilaria, sendo que não consegui muita informação sobre a história da Escócia. Mas agora eu estava na Escócia! Como já disse, fui ao Museum of Scotland e descobri algumas coisas bem interessantes! O museu aborda a historia da Escócia, o território e o povo, desde a formação geológica ate os fatos da atualidade. Achei interessante a historia do Massacre de Glencoe, onde um clã inteiro foi dramaticamente exterminado, também a historia da rainha dos escoceses, Mary Stuart, que perdeu o trono num embate religioso contra John Knox. Outro fato curioso sobre essa rainha foi que logo apos o assassinato do marido, Darnley, ela foi jogar uma partida de golf! Que sangre frio! hahaha

Ainda aprendi um pouco sobre a historia de Robert MacGregor, conhecido como Rob Roy (Robert Vermelho). Ele tem uma historia parecida com a do Robin Hood, sendo que a diferença é que Rob Roy comprovadamente existiu. Ele atacava propriedades ricas das terras baixas para alimentar o seu clã e sempre escapava da prisão.

Não tem como falar da historia da Escócia, sem mencionar os dois maiores heróis escoceses. William Wallace e a sua aliança com os franceses que marcou um momento especial na trajetória da independência escocesa, com destaque para a batalha na ponte de Stirling, onde hoje h’a um memorial ao homem que disse: Todo homem morre, mas nem todo homem vive de verdade!

Também Robert Bruce, o herói da vitória contra os ingleses em 1314.

Foi interessante descobrir que houve um momento na historia que um escocês comandou todo o reino, Jaime VI da Escócia, ocupou o trono inglês com o nome de Jaime I, apos a morte de Elizabeth I em 1603. Tempos depois a coroa escapou das mãos dos escoceses.

Outro nome de destaque é o do príncipe Carlos Eduardo que tentou tomar o trono inglês novamente e foi derrotado em Culloden, marcando o fim das esperanças escocesas e extinguindo o sistema de clãs. Apos isso as tradições das terras altas da Escócia (trajes, língua, costumes, gaita de foles, etc.) foram reprimidas por mais de cem anos.

Ah, aqui na Escócia eles dividem o país em duas partes: As Terras Altas ou Highlands (capital Inverness) e Terras baixas ou Lowlands (Capital Edinburgh), sendo que Edinburgh ‘e a capital de todo o pais. O encontro entre essas duas partes é a região chamada Trossachs, cheia de lagos e montanhas.

Foi nas terras altas que se originou a maior parte do romantismo da Escócia. Essa foi a região de origem dos tartas (tecido xadrez), sistema de clãs, a gaita de foles e alguns esportes bem raros como arremesso de tronco de arvore. Aqui existem jogos de verão muito apreciados por serem um espetáculo da cultura e costumes escoceses, com destaque para a magnífica herança vi king.

A Escócia possui apenas 5 milhões de habitantes, ou seja 1/5 da população da Inglaterra e do País de Gales. Muitas terras são desabitadas, talvez por terem um dos climas mais rigorosos da Europa. Isso também possibilita a prática de muitas atividades ao ar livre em algumas das paisagens mais incríveis do continente.

Bem, isso foi só um pouquinho do que deu pra ver no Museu, depois fui a uma exposição perto do castelo da cidade que mostra como são feitos os tartas, o traje típico dos escoceses. Foi muito interessante ver aquelas maquinas entrelaçando os fios e formando aquele tecido xadrez. Depois voltei para o albergue e tive o jantar mais doido da minha vida com um espanhol e uma inglesa-jamaicana. Ninguém entendia ninguém! hahaha

Ela falava um inglês muito estranho e o espanhol não falava nem duas palavras. A companhia aérea tinha perdido a bagagem dele e ele estava no hostel esperando para ver o que ia fazer. Durante a nossa conversa a recepcionista do albergue chegou e disse que tinham acabado de entregar as malas dele na recepção. Ufa, estávamos todos tentando consola-lo. A jamaicana-inglesa disse que era de Birminghan- Inglaterra (não sei como se escreve), mas depois disse que veio da Jamaica e pelo inglês dela, acho q ela era de lá. Tentei falar em espanhol com o rapaz, mas a inglesa-jamaicana foi difícil de entender. Tudo foi muito divertido e conversamos quase uma hora e meia nesse ritmo.

Bem, amanhã vamos aos Tours!!!!
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Eber Guni do Nascimento Santos

Eber Guni do Nascimento Santos

São muitas aventuras do Mochileiro e Viajante Eber pelo mundo. Desbravando a América do Sul e a Europa com vivências inspiradoras registradas aqui.

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