“Vamo que vamo”…

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Ontem parecia um dia comum…

Acordei por volta de 11h00 (vantagem de se estudar de tarde, de mais a mais, não posso esquecer que estou de férias), caiu aquela garoa diária bem fininha e gelada, fui para a escola no segundo andar do bus, almocei alguma coisa na rua que se não tinha curry, tinha BBQ, atravessei a praça principal da cidade, comprei um “expresso” bem forte e sem açúcar, saboreado lentamente no caminho. Mas algo inusitado aconteceu: na escola, fui apresentado por um colega turco a um novo amigo… brasileiro!

Quem tem acompanhado meus posts, sabe que há um bom tempo que eu deixei de considerar isso um problema. Jorge é paraibano, e assim como eu, escolheu MCR pela paixão pelo rock e futebol e pela possibilidade de não encontrar tantos brasileiros como em Londres, e para minha surpresa; mais um cliente CI, feliz com o suporte!!

A reação dele ao me ver respondendo seu “Hi, how are you”? com um descontraido “P…mais um?” seguido de um sorriso, me deu a dimensão da minha reação ao já conhecer as meninas, já relatado em um post anterior. Engraçado mesmo foi ver a curiosidade sobre o nosso idioma, de uns 4 ou 5 orientais que estavam próximo e nos olhavam meio surpresos com o tom de voz e o jeito unicamente brasileiro de falar gesticulando, e também a nossa fonética que confunde qualquer um; antes de saber que falamos português, muitos pensam que falamos russo…vai entender ??!!

Naquele momento, percebi que esse processo de adaptação é um ciclo. Não disse? O mundo dá voltas; você chega perdido, tenso, conhece brasileiros, descontrai, depois de algum tempo, conhece outros, que depois de um tempo se acostumam e etc, etc…

Perguntei a ele se já conhecia alguma coisa na cidade; respondeu que não, “Cara, no caminho de volta, passo pelo centro, se quiser, posso te mostrar um pouco da cidade, dar algumas dicas, etc.” Nesse caminho de volta, enquanto eu explicava toda aquela “sabedoria” recém descoberta sobre ônibus, museus, pubs, galerias, supermercados, ele pouco falou, e muito observou cidade; parecia querer captar todos os detalhes possíveis durante aquele curto trajeto, e no fim da tarde, quando paramos na fila do King Burger para matar a fome, ele soltou a que talvez tenha sido a décima frase daquela tarde: “Cara, é estranho estar longe de casa; muda tudo; clima, língua falada, tipo de comida, humor das pessoas, cultura, televisão, hábitos… bla bla bla…”

Percebi que meu estagio de “descoberta” já havia passado, não me deslumbrava mais assim com a cidade; estou aqui desde 14 de Março e fazendo um balanço, por se tratar de uma cidade pequena, acho que já fiz tudo que poderia ter feito aqui; fiz noitada, bebi cerveja num pub, senti frio… muito frio, andei bastante de ônibus, (mais ainda a pé), tirei foto, conheci gente daqui e dos quatro cantos do mundo, ri muito, tomei chá, almocei alguma salada em algum domingo tomando suco de laranja sentado no gramado da praça central da cidade como um local, vi na rua gente com todas as cores de cabelo e roupas possíveis, porém, tenho um problema: Sou um urbanóide convicto, daqueles que está acostumado a acordar no meio de uma madrugada com insônia e “descer” pra tomar um açaí as 3h da manhã, coisas de Copacabana !!

O trabalho como consultou me deu esse “feeling”, imaginei que fosse me satisfazer em uma cidade de interior por 4 semanas. Se tivesse mais tempo, provavelmente teria escolhido uma capital para estudar. Para uma cidade de interior MCR atendeu bem às minhas expectativas, com certeza um dia volto aqui, sou louco por rock e aqui o cenário alternativo agrada a qualquer um. Só fiquei meio decepcionado de saber que ontem nevou bem pertinho daqui, a uns 70 km ao norte, provavelmente a neve não vai mais chegar aqui ainda este ano, fazer o que?

Sim, o post tem tom de despedida, mas da cidade e não da trip; estou olhando nesse exato momento para minha mochila cheia, no meio da tarde parto pra Londres para fazer um pouquinho mais de história que, fato!… vai virar post!

Abracos!!

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Rodrigo Ximenes

Rodrigo Ximenes

De Consultor a Viajante. O Rodrigo vai embarcar em uma viagem de conhecimento e lazer pela Europa e voltará com bagagem cheia

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